O mundo de Sofia.

 

Infelizmente não é uma tradição o ensino de filosofia, ou mesmo princípios filosóficos, nas escolas brasileiras. Pelo contrário. Falar de filosofia sempre é visto como 'assunto-cabeça', conversa de maluco. 

Pena que ainda seja assim, não é mesmo? O ensino de filosofia nas escolas abriria os horizontes de nossos estudantes, fazendo com que tivessem uma visão mais abrangente do mundo, não somente para prestar exames para entrar na faculdade, mas para a vida em geral. 

Existem, felizmente, livros que tentam preencher esse vazio de nossos currículos escolares e um deles é 'O mundo de Sofia', de Jostein Gaarder.  Lançado nos anos noventa, do século vinte, o livro narra a relação entre um professor de filosofia e sua aluna, Sofia. 

Através de uma história bem amarrada o autor percorre o caminho da filosofia, desde os pré-socráticos até os nossos dias. Dessa forma, qualquer pessoa, mesmo que nunca tenha ouvido a falar de Demócrito, Heráclito, Sócrates, Platão, Aristóteles, Descartes, Kant, Hegel e tantos outros, poderá conhecer essas figuras fundamentais para compreensão do universo que nos rodeia.

Não tenho a menor dúvida de que se o ser humano buscasse se inteirar mais dos assuntos pertinentes à filosofia o mundo seria um lugar muito melhor de se viver. Por isso, essa é a hora.  'O mundo de Sofia' pode ser um bom começo e está na internet, de graça. São quase novecentas páginas, mas vale o sacrifício.  

Boa leitura.

Esperança. fé, amor e GRATIDÃO.

Fuxiqueiros da própria vida.

 Não faz muito tempo, as pessoas viviam reclamando do fato de terem suas vidas expostas por pessoas e órgãos de imprensa que, maldosamente, traziam a público passagens, muitas delas de foro íntimo, de suas vidas. Não raramente, essas reclamações acabavam em tribunais, com pedidos de altíssimas indenizações.

O advento das redes sociais trouxe grandes mudanças significativas para a sociedade, sobretudo no que diz respeito a forma como passamos a nos mostrar e sermos vistos, não há como negar isso. As pessoas ainda reclamam quando têm suas intimidades expostas ou sofrem algum tipo de agressão, mas algo mudou substancialmente.

Agora as pessoas não esperam que alguém revele suas intimidades ou podres', como se dizia antigamente, mas elas mesmas estão se expondo. Fatos que antes seriam mantidos em segredo e eram levados para o túmulo passaram a ser relevados nos Podcasts pelos próprios, como forma de chamar a atenção dos internautas e, consequentemente, manter uma boa audiência.

Num julgamento, provavelmente apressado, tem-se a impressão de que as pessoas, principalmente os pseudo artistas ávidos de plateia, parecem estar fazendo 'fuxico' de suas próprias vidas, em busca de algum fato cabeludo para revelarem no próximo Podcast. Se essas revelações são verdadeiras ou não parece ser de pouca ou nenhuma relevância, o importante é manter a audiência interessada. 

Excelente  domingo e uma semana produtiva para todos.

Esperança. fé, amor e GRATIDÃO.

Deixemos a tristeza pra lá.

 Em algum momento parece que fomos convencidos, talvez pela família, pela religião ou por nós mesmos, de que nascemos condenados a viver uma vida marcada pelo sofrimento e que, por mais que nos esforcemos, não há como escapar dessa 'sina'. 

Escudados por essa crença, passamos a vida reclamando de tudo e de todos. Tudo o que nos acontece ou deixa de acontecer é culpa dessa sina, da qual acabamos por nos convencer de que jamais nos livraremos.

Será mesmo verdade que nascemos destinados à dor e ao sofrimento perenes? E onde está aquele Deus bondoso e justo que, apesar de em  muitos momentos se irritar com nossos erros e faltas, nos criou à Sua imagem e semelhança? Onde está com que responde?, diria o poeta.

Diante dessas perguntas, parece que as coisas não se encaixam bem, pois um Deus bom e justo não criaria seres destinados à dor e ao sofrimentos, não é mesmo? Independente disso, nessa altura já deu para entender que reclamar não adianta de nada, não é verdade?

A melhor saída, creio, é deixar esse negócio de sina pra lá e tentar inverter a situação, fazendo a tristeza dar lugar à alegria, á insatisfação ao contentamento de estar vivo, de poder respirar, falar, andar, cantar... 

Precisamos, antes de qualquer coisa, honrar a vida que recebemos e entender, de uma vez por todas, que alegria e tristeza são apenas questão de ponto de vista. Deixemos de ser aquela criança que acreditava em 'boi da cara preta', 'mula-sem-cabeça',  bicho-papão', pois crescemos. E lembre-se: acreditar ou deixar de acreditar no que quer que seja depende apenas de nós.

Excelente semana para todos.

Esperança, fé, amor e GRATIDÃO.

Dia de lembrar, perdoar e agradecer.

Muitos veem Finados como o dia de homenagear os entes queridos que já se foram, mas também há aqueles que têm a data como um dia triste e até depressivo. A data, no entanto, é um bom momento para refletirmos a respeito daquilo que a maioria não gosta de lembrar, ou seja, a brevidade e fivnitude da vida.

Além disso, é um momento de lembrar a nossa ligação com aqueles que não estão mais entre nós e a grande importância que eles tiveram em nossas vida, seja para o bem ou para o mal. Nossa ligação não é somente com aqueles parentes que conhecemos e com os quais convivemos, mas com todos aqueles que estamos ligados, desde sempre. 

Essas pessoas são, na maioria dos casos, os nossos antepassados, pessoas sem os quais não estaríamos aqui hoje. Todos temos antepassados e vivemos com eles, mesmo que não recordemos, uma relação que envolveu (e envolve) amor e ódio. E, com certeza, deixou marcas, que precisam ser apagadas ou simplesmente suavizadas, para que possamos seguir nossas vidas.

Muitos apelam para orações, mantras e até as conhecidas sessões de descarregos, em igrejas (?) e centros de Umbanda, mas a melhor maneira de pacificar nossa relação com nossos antepassados (os finados) é perdoando e pedindo perdão pelas marcas que podem ter ficado dessas relações.

Porém, nunca é demais lembrar que Finados é sempre um 'memento mori, ou seja, a vida é passageira e a morte vem para todos.

Esperança, fé, amor e GRATIDÃO.

Bem na foto ou bem na vida?

 Vivemos um tempo em que a aparência, ou seja, o nosso lado exterior, vale muito mais do que aquilo que realmente somos. Por isso, estamos cada vez mais preocupados em melhorar o nosso visual, pois é preciso ser muito bem visto por aqueles que nos cercam.

Num primeiro olhar, isso não tem nada de mais. Antes, pelo contrário, demonstra que cuidamos de nós mesmos. Mas até que ponto essa preocupação diz mesmo respeito a estar realmente bem? Será que essa preocupação não é meramente superficial?

Para responder a essas perguntas, precisamos voltar para o nosso interior e buscar entender em que medida nosso lado exterior e interior estão igualmente bem. Pois não adianta exibirmos uma aparência impecável se por dentro estamos em 'pandarecos', não é mesmo? 

Precisamos procurar estar bem por fora, mas muito mais importante que aparentar estar bem é estar bem de verdade, por dentro e por fora. Nunca devemos esquecer que somos corpo e também somos alma, espírito. Nossa vida não se resume somente naquilo que podemos ver com os nossos olhos, mas vai além, muito além das aparências.

A maneira como somos vistos é muito importante, ninguém pode negar isso, porém, estar bem consigo mesmo, como dizia a propaganda, não tem preço.

Excelente domingo para todos.

Esperança, fé, amor e GRATIDÃO.

O poder do AGORA.

Acabei do ler 'O poder do AGORA', de Eckhart Tolle, no livro o autor fala do fato de vivermos voltados para o PASSADO e o FUTURO sem prestar atenção ao momento PRESENTE.

Confesso que nunca tinha parado para prestar muita atenção nisso, mas ao pensar mais detidamente no assunto não foi difícil chegar a conclusão de que o autor está coberto de razão. Afinal de contas, passamos mesmo a vida pensando no que aconteceu, talvez numa tentativa de consertar os erros que cometemos ou de reviver os nossos acertos.

Por outro lado, acreditamos sempre que o que acertamos ou conseguimos realizar no passado poderá ser feito no futuro. Então, passamos a planejar o que faremos quando o futuro chegar. Nesse dia, muito provavelmente, seremos felizes e realizaremos todas as nossas aspirações.

Com a mente às vezes voltada para o passado, às vezes voltada para o futuro, esquecemos de viver o presente, que é o único momento que realmente temos. Ao mesmo tempo, é preciso estar cientes de que não conseguimos viver no passado, pois já passou, enquanto o futuro nem sabemos se vai chegar. 

É para isso que o autor quer chamar a nossa atenção. Precisamos nos ater ao presente, viver com intensidade o momento, o instante em que estamos, o aqui e agora. Livres do que se foi e sem a ansiedade que pensar no futuro nos provoca.

É claro que Eckhart Tolle vai muito mais longe em sua tese e para falar disso seria necessário um aprofundamento muito maior, mas essa é a  base de seu pensamento: viver o presente, prestar atenção a tudo aqui que estamos vivendo, voltar-se mais para o nosso interior, o nosso íntimo, buscando silenciar a nossa mente, sempre tagarela, sempre a nos desviar do grande propósito da vida que é viver o AGORA.

Bom domingo e excelente semana para todos.

Lembrando que o livro 'O poder do Agora' é uma leitura mais que recomendada e está à disposição em PDF na internet, nos sites de venda e nas livrarias. 

Boa leitura.

Esperança, fé, Amor e GRATIDÃO.

A felicidade esta na simplicidade do momento.

Aprendemos desde cedo que felicidade é algo que está sempre muito distante de nós e que dificilmente poderá ser atingida nesta vida. Com esse pensamento na cabeça, passamos a vida, muitas vezes, como meros penitentes, ora pedindo perdão por sermos tão indignos, ora reclamando da má sorte.

Infelizmente, são esses os ensinamentos que recebemos em casa, na escola e, principalmente, no meio religioso. Em algum momento da história da humanidade alguém espalhou essa ideia de que somos filhos ingratos de Deus e, por essa ingratidão, estamos condenados a nunca encontrar a felicidade.

Tanto uma coisa quanto a outra não procedem. Não estamos condenados a infelicidade perpétua. Podemos ser felizes aqui e agora. Para isso, basta que paremos de acreditar que a felicidade está apenas nos grandes acontecimentos, nos grandes presentes, nos momentos importantes da vida. A felicidade está nos pequenos momentos, nas coisas simples, num sorriso afetuoso, num 'bom dia', na simples existência, no acordar de manhã, enfim, em tudo aquilo que nos dá prazer e nos faz sentir plenamente vivos.

Esperança, fé, amor e GRATIDÃO.