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outubro 24, 2021

A união do individual e o coletivo.


Não temos vivido dias fáceis nos últimos tempos, pois muitos são os problemas que temos enfrentado, tanto no âmbito pessoal quanto coletivo. Parece que, de uma hora para outra, perdemos total controle de nossas vidas, de nossas ações. Se antes pensávamos como indivíduos no meio de uma coletividade, agora, definitivamente, viramos uma coisa única; o COVID-19 trouxe uma  nova realidade, onde a ação de um pode afetar a todos. 

Quando cada um cuida de si, está, necessariamente, cuidando de toda a coletividade. O contrário também acontece; ao descuidar de nós, descuidamos de todo o resto. Estranho falar disso agora, não? Afinal de contas, a vida sempre foi assim, nós que vivíamos esquecidos disso. A humanidade nunca foi um corpo desmembrando, mas único. Como as notas de uma canção, precisamos viver afinados. Sem a afinação, a sinfonia desanda, não é mesmo?

Talvez, a melhor lição que possamos tirar desse momento seja a consciência de que somos interligados e o que bem de um é o bem de todos. Cuidemos, então, de nós mesmos, pois assim estaremos cuidando de todo o planeta. Nada depende apenas do outro, das autoridades, nem mesmo de Deus; depende de cada um, da capacidade que temos de preservar ou de destruir.

Boa semana.

outubro 17, 2021

Palavras e ações.

É lugar comum dizer que o mundo (nosso combalido planeta) está sofrendo severas mudanças a cada dia que passa, não é? Tudo está acontecendo bem debaixo de nosso nariz e ninguém pode alegar desconhecimento disso, pois as tragédias se acumulam e muitas têm chegado cada vez mais perto de nós. Quem pode alegar que as altas temperaturas, as chuvas torrenciais que provocam inundações, desabamentos e mortes, os ventos que derrubam tudo o que encontram pela frente, as doenças (a COVID-19, por exemplo) o desemprego, a fome, a falta de habitação e tantos outros transtornos não tenham atingido sua vida?

Em meio a tudo isso, uma outra epidemia vem assolando o mundo: o ser humano está a cada dia mais voltado para os interesses materiais, a cada dia somos mais corpo e menos espírito. Parece que nos convencemos de que a vida é um jogo do qual só interessa sair vencedor, sem importar com os meios que usaremos para chegar à vitória, pouco importando se para isso seja preciso passar por cima das outras pessoas, privando-as de suas necessidades mais primárias.

Na contramão dessa corrente tão individualista, nunca se falou tanto em religião; vivemos uma febre de pessoas de se dizem 'cristãs' e recitam versículos bíblicos a cada vez que abrem a boca. O que realmente entendemos por vida espiritual? Será que basta que a nossa boca, independentemente dos nossos atos, reverbere palavras retiradas de seu contexto histórico para sejamos tidos como pessoas pias e santas?

É bem provável que estejamos enganados, pois tudo está interligado. Corpo e Espírito (palavras e ações) precisam estar afinados para que possamos encontrar o equilíbrio que tanto necessitamos. É chegada a hora de sairmos do simples discurso e passar a agir no sentido de nos conectar física e espiritualmente com o mundo que nos cerca e isso significa entender que não estamos sozinhos, que nossos atos atingem a todos, e que a vida não termina quando deixamos o planeta; não acaba nunca. 

Boa semana.

outubro 10, 2021

O dia em que duvidei da bondade de Deus.



Acho que já falei aqui, direta ou indiretamente, que sou um indivíduo transplantado, ou seja, em algum momento a única forma de sobrevivência para mim foi me submeter a um transplante. No caso, o transplante foi de rim, uma vez que os meus simplesmente pararam de funcionar, me obrigando a fazer três sessões semanais (de quatro horas cada) de hemodiálise.

Quem passa, já passou ou conhece alguém que passa ou passou por isso sabe exatamente do que eu estou falando. Mais tarde descobri, não era o fim do mundo, pois existem situações em que a pessoa não tem a opção de, mesmo com todas as restrições impostas, continuar vivendo após a falência de um órgão, não é?

Entretanto, se hoje, dois anos depois da realização do transplante, estou bem e podendo levar uma vida praticamente igual (as restrições mesmo que menores continuam) a que vivia antes, no momento que descobri que estava renal-crônico e que isso significava depender de uma máquina de diálise para o resto da vida, a minha reação não foi das melhores. 

Inicialmente, pensei que o médico estava enganado, pois meus rins (todo mundo tem dois) jamais parariam sem mais nem menos. Infelizmente, os exames e as reações do meu organismo não deixaram dúvida; 'eu estava condenado'. Foi quando voltei minha ira para Deus e coloquei em cheque não apenas sua bondade, mas também sua existência.

O Deus que eu acreditava não me deixaria na mão, não me transformaria num dependente de uma máquina para viver. e passei a perguntar: Por que eu? Tanta gente no mundo, por que o escolhido fora justamente eu? Não era justo. Embora me julgasse um pecador, achava que não merecia ser punido de forma tão dura.

Eu estava internado no hospital (Miguel Couto) e as sessões de hemodiálise ( jamais poderia deixar de falar da tortura que é a cirurgia de colocação do cateter) aconteciam no quarto, o que fazia com que eu não tivesse contato com outros pacientes e aumentava a sensação de que era o único ali a ser submetido àquele torturante tratamento.

No entanto, quando passei a fazer sessões fora do quarto, tive um grande choque: eu não era único. Havia dezenas de pessoas na mesma situação e que, também pata meu espanto, tinham de enfrentar fila para conseguir ser dialisado. Naquele momento, entendi que era apenas mais um e que não se tratava de maldade divina, mas de uma doença bastante comum que atingia a muitos, independentemente de raça, idade, sexo ou classe social.

Muitas vezes, quando reclamamos da vida, esquecemos de olhar para o lado para ver que existem pessoas em situação pior do que a nossa. Deus é sempre bom e tudo o que nos acontece é para o nosso aprimoramento. Hoje me sinto grato por Ele ter confiado em mim ao me dar a chance de sentir sua BONDADE INFINITA.

BOA SEMANA.

Você também já viveu uma situação parecida? Comente. Eu vou gostar muito de conhecer sua história.

outubro 03, 2021

Nada é para sempre.


A vida é feita de fases, algumas boas, que gostaríamos que durassem para sempre, e outras ruins, que preferíamos que não tivessem acontecido. Infelizmente, não temos controle, pelo menos assim aprendemos a acreditar, sobre aquilo que nos acontece durante a vida. É claro que se tivéssemos algum tipo de poder de frear ou estender os acontecimentos não hesitaríamos em usá-lo para acabar com o sofrimento e eternizar as alegrias, não é mesmo?

No entanto, esse controle (ainda) não existe. Torcemos para que um dia alguém invente um dispositivo (que esteja ao alcance de todos, é claro) que nos permita esse tipo de controle, mas enquanto não existe é preciso que aprendamos a dar esse passo por nossa própria conta. Não podemos ficar presos aos momentos marcantes de nossas vidas, sejam eles bons ou ruins. 

Se vivemos um grande sucesso em algum empreendimento, na carreira profissional, no casamento, socialmente ou tivemos qualquer outro grande destaque e, por algum motivo, tenha acabado, não devemos ficar eternamente presos a esse 'passado glorioso' sem coragem de seguir em frente.

Por outro lado, se tivemos algum acontecimento triste (uma doença, a perda de alguém ou do emprego, um acidente grave), não podemos deixar que nos paralise. Tantos os acontecimentos bons quanto os ruins são passageiros  e talvez essa seja a grande vantagem da vida: nada é para sempre. 

Nunca devemos esquecer que o importante é manter a chama da fé acesa e que as barreiras existem para sempre ultrapassadas. O livro da nossa vida é escrito por nós e a cada dia precisamos escrever uma nova página. Não dá para ficarmos parados na mesma página sem coragem para seguir escrevendo nossa história, pois se ela é recheada de fatos felizes ou tristes talvez não importe tanto, o importante é estarmos preparados para as grandes viradas, as surpresas que o autor (cada um de nós) vai encontrar.

Boa semana.

Oi.  

Como vai?

Sinto falta do seu comentário, se está gostando ou não. Dê a sua opinião, mesmo que seja negativa. Adoraria saber o que você pensa do que eu escrevo.

Te aguardo.

setembro 26, 2021

Hora de dizer adeus.

Todos temos um grupo de pessoas com as quais nos relacionamos cotidianamente. Esse grupo pode ser formado por membros da família (pai, mãe, irmãos, tios, avós, primos), amigos, colegas de escola, ou trabalho, e mais quem encontramos com alguma constância em nosso dia a dia. Até aí, não há nenhuma novidade, não é mesmo? Afinal de contas, ninguém é uma ilha.

A questão é que, muitas vezes, essas pessoas, por um motivo ou outro precisam ausentar de nossas vidas. Isso se dá por mudanças de bairro, cidade, estado ou mesmo país, desentendimentos (a pior forma de alguém sair de nossas vidas), circunstâncias da vida como separações, mortes (geralmente, a forma mais dolorosa) e tantos outros motivos.

Nesses momentos, a maioria de nós entra em desespero, pois dificilmente encaramos as separações como algo normal. Quase sempre acreditamos que não conseguiremos dar prosseguimento à nossa vida depois daquela separação e, então, agimos para segurar a pessoa ao nosso lado de forma, muitas vezes, irascível, ou mergulhamos no mais profundo sofrimento.

É triste ver alguém sofrer por não admitir que uma pessoa possa sair de sua vida da mesma maneira que entrou. Nada é para sempre. Um dia nós, por um motivo ou outro, também saímos da vida das pessoas e achamos isso perfeitamente natural. Por que não vermos da mesma forma a saída das pessoas de nossas vidas?

Sabemos que não é fácil dizer adeus, independentemente de ser por um simples rompimento, mudança, afastamento ou mesmo ocasionado pela morte da pessoa. Sofrer a dor separação é plenamente natural, o que não é natural é negar que a vida segue seu curso e que às vezes deixamos pessoas (ou ficamos) pelo caminho.

Boa semana.

setembro 19, 2021

Cobiça e ostentação.


Vivemos num mundo em que alguns gozam do privilégio de possuir muito mais que o necessário para se manter e outros (a maioria) que não contam com o mínimo para garantir sua sobrevivência. Essa é a cara de uma sociedade marcadamente injusta e, acima de qualquer coisa, cruel. A situação, que perdura desde o início dos tempos, parece longe de chegar ao fim, talvez não chegue nunca.  

Não bastasse esse quase sacramentado estado de coisas, hoje em dia nos deparamos com o aumento de uma tendência também muito comum em nosso mundo (vide sociedade), principalmente depois do advento das redes sociais, que é o hábito da ostentação.

A febre do exibicionismo financeiro tomou conta da internet de ponta a ponta de nosso país (e por que não dizer do mundo inteiro) e pessoas, principalmente usando o pomposo nome de "Influencer" têm usado as redes sociais com o intuito de ostentarem suas roupas caras, seus carros e casas de luxo, suas vidas de gastança e desperdício como se todos tivessem o mesmo padrão social.

Não estou para ser contra ou a favor de tanta exibição e prova de insensibilidade, mas para alertar para o aumento de outra febre que a cada dia assola nossa sociedade que é a cobiça. Se por um lado os que têm em demasia exibem seus excessos, por outro, aqueles que se sentem inconformados de não contarem com a mesma sorte (aqui também não quero julgar ninguém) acreditam que a única maneira de estarem na mesma posição é através da apropriação daquilo que não lhes pertence,, que bem sabemos se dá quase sempre pela violência,

Cobiça e ostentação são o resultado de uma sociedade desigual, sem empatia em que cada um só pensa em si e esquece que somos todos parte da mesma coisa. Nossas vidas estão interligadas e a cada momento fica cada vez mais claro que quando der "ruim" vai atingir a todos indiscriminadamente. Precisamos pensar nisso, urgentemente.

Boa semana.

setembro 12, 2021

Acreditar ou não em Deus, a velha discussão.




Desde sempre, os homens tendem a se dividirem entre aqueles que acreditam num Deus criador de todas as coisas, que rege as nossas vidas (provavelmente, a maioria) e os que preferem pensar que tudo foi fruto do acaso, desconsiderando a existência da uma força criadora de todas as coisas.

A discussão está longe de acabar, talvez nunca tenha fim. Entretanto, resolvi me meter dizendo que acho tudo isso totalmente desnecessário. Acreditar ou não na existência de Deus faz  pouca ou nenhuma diferença, pois Ele não depende de nosso aval para existir.

Portanto, dizer que não acredita no Criador é pura perda de tempo. O mais sensato talvez fosse nos perguntar se Deus acredita em nós. Essa é a verdadeira dúvida que deveria permear os nossos passos sobre a terra, não essa velha história do acreditar ou não naquele que nos criou.

Duvidar da existência de Deus é o mesmo que colocar em xeque, apesar de todas as evidências, que nossos pais são realmente nossos pais. Afinal de contas, ninguém recorda do exato momento de seu nascimento ou pode afirmar que uma criança numa foto ou vídeo é ele(a) mesmo(a).  Independente disso, passamos a vida inteira chamando de pai e mãe aqueles que afirmam serem nossos pais.

A  prova da existência de uma fonte criadora está no ar que respiramos, no sol que brilha no céu sem que ninguém tenha que fazer nenhum esforço para isso, da chuva, do vento, da natureza exuberante, enfim, do milagre da vida que se faz a cada instante, também está nos problemas (e eles não são poucos) que enfrentamos a cada passo.

Boa semana a todos.