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fevereiro 21, 2016

Os senões de "A regra do Jogo".

Resultado de imagem para imagens de a regra do jogoPassados cento e cinquenta capítulos já dá para fazer um julgamento sobre a novela das nove (ainda chamada das oito) da Rede Globo de Televisão. Anunciada como a salvadora da pátria quando da derrocada de sua antecessora "Babilônia" , a novela, logo de cara, não agradou. 

Alguns colocaram a culpa na história árida e violenta demais e mesmo nos baixos índices herdados. Não demorou para que se percebesse que não era nada disso. A história não era lá essas coisas todas mesmo e o excesso de segredos fazia (e mesmo em sua reta final ainda faz) com que a história fique totalmente emperrada. 

O autor (ou autores, ainda não consigo entender como uma novela precisa ter tantos autores se isso em nada contribui para sua qualidade e sucesso) está sempre vestindo uma saia justa, sem poder trabalhar ( pelo mesmo é isso que transparece) com a mesa liberdade que ele teve em sua outra novela, "Avenida Brasil".

O resultado é muita incongruência e disparate. Personagens são infantilizados e até mesmo imbecilizados, não conseguindo enxergar o óbvio. Parecem que todos agem como meros marionetes sem vontade própria ou capacidade de discernir entre certo e errado, verdadeiro ou falso.

Mudanças de rumo ocorrem sem explicação. Quer um exemplo: a manicure que sabia-se ganhar muito bem em seu ofício passou a ser garçonete num empreendimento de fundo de quintal sem nenhuma razão clara para que isso acontecesse. 

Isso sem dizer que o cenário, a tal favela da Macaca, é mero coadjuvante e os personagens poderiam estar em qualquer outro lugar não só do Rio de Janeiro, mas do universo. Nada se sabe da favela em si, a não ser personagens caricatos que também se encontram em qualquer lugar e sem nenhuma ligação explicita com a trama. É como se a história acontecesse num local onde todos estão mortos ou simplesmente não tomam parte do enredo. 

Além disso, falta fundamento para Gibson ser o homem que é. Sua insensibilidade em relação à família é algo que eu espero seja bem explicado. Do contrário, vou acreditar que os autores de novela da Globo apenas disputam que cria o pior vilão.

Outro que merece destaque é Romero. Difícil entender a patologia dele. Quer ser rico, viver do bom e do melhor (para isso é capaz de romper com a própria mãe e participar de sua morte), mas finge de pobre, ao mesmo que tempo que tenta convencer a todos ( e ai mesmo) que é bom. Sua prometida redenção sempre foi pura cascata. Um ser humano desses dificilmente pode se regenerar. Coerente apenas Atena. Essa, sim, apesar de não poder ser vista como vilã, a moça faz o que faz ´porque acredita no que faz.

O ensinamento que fica de tudo isso é que não existe autor ou história infalível. Se "Babilônia" não agradou não é  porque o Gilberto Braga e sua turma são maus autores, o motivo é outro. O público não aguenta mais histórias maniqueístas repletas de personagens nos quais não se possa identificar ou mesmo espelhar-se.  Fica a esperança que "Velho Chico" resgate o tempo em que os personagens de novela eram pessoas que você podia encontrar na esquina.

Bom domingo.

fevereiro 18, 2016

Lobos em pele de cordeiro.

Resultado de imagem para imagem de lobo em pele de cordeiroSempre tive  o pé atrás com pessoas que vivem oferecendo ajuda. Aquele tipo de gente que tem solução para tudo. Se você fala que precisa de algo, seja o que for, logo anunciam que têm ou sabem aonde se pode conseguir a tal coisa.

É verdade que, em muitos casos, elas são bastante prestativas e ai de nós se não fossem elas estarem por perto nos nossos momentos de necessidade. Muitos as veem como verdadeiros anjos mandados por Deus em seu socorro.

E, em casos, são mesmo. Porém, existem os cascateiros. Aquele tipo que oferece ajuda sem a menor intenção de ajudar. Oferece porque sabe que você vai agradecer a ajuda e elas vão poder respirar aliviadas dizendo:

- Mas se você precisar...

Por favor, não precise. Reze a Deus e a todos os santos para você realmente não precisar. Do contrário terá o  dissabor de descobrir que todo aquele oferecimento e aquela presteza era pura conversa fiada. 

Alguns até mantêm a palavra, mas na hora h inventam uma desculpa qualquer e deixam você na mão. E sem o menor constrangimento, sem a menor preocupação de ter feito você acreditar até o último momento que podia contar aquela ajuda.

É claro que não é fácil reconhecer esse tipo de pessoa logo de cara. Elas são ardilosas e sabem parecer sinceras e verdadeiras. Só o tempo de convívio e a experiência podem ajudar. É sempre bom também ouvir o que falam dessa pessoa tão boa e prestativa quando você toca no nome dela. O que pode parecer à primeira vista mera fofoca pode ser avisos e alertas que você só mais tarde vai entender.

Portanto, quando alguém aparecer com solução para tudo, fique de olhos bem abertos. Pode se tratar de um mentiroso(a) compulsivo (a) ou simplesmente alguém querendo simplesmente te causar contratempos ou te enganar. 

Existem muitas pessoas boas nesse mundo prontas para fazer o bem sem olhar a quem. Ninguém pode negar isso, graças a Deus. No entanto, existem também muitos lobos em pele de cordeiros. \o jeito é ficar de olhos bem abertos. Confiar desconfiando.


fevereiro 15, 2016

Feliz ano velho.

Resultado de imagem para imagem do william bonner 2012Dizem que o ano somente começa no Brasil quando o carnaval acaba. Verdade ou não, depois de vários dias de folia é hora de arregaçar as mangas e dar o pontapé no ano. Difícil talvez seja saber exatamente por onde começar. 

Lá  estão todas as contas que vencem tão logo o último folião deixa a avenida esperando que você as pague. Mas como pagar tanta conta se o dinheiro, o principal convidado desse começo de ano, parece tão sumido da praça? 

Os economistas falam mil e uma coisas, dão aqueles conselhos que está na cara que nem eles mesmos seguem, as pesquisas (que a gente nunca sabe onde foram feitas) apontam um quadro horrível.  Ou seja, o mar não está pra peixe. Fazer o quê numa situação dessas?

Os meios de comunicação parecem pregar o caos e o desespero. É notório o quanto se mostram felizes em anunciar as notícias mais aterrorizantes. Dá vontade de perguntar em que país o William Bonner vive. Será que ele não mora no Brasil e não está vivenciando toda essa situação? Que prazer mais mórbido é esse em dar tantas notícias ruins com a cara mais boa desse mundo?

Deixando o jornalista bem empregado que não se sente atingido nem por crises nem mesmo (se fosse o caso) terremotos pra lá e vamos cuidar das nossas contas. O ano finalmente está começando... Pera lá. Você acredita nisso? Pra você o ano só está começando agora?

Pra mim o ano já começou desde o dia 01 e não tem esse papo de que só começa depois do carnaval. Acho mesmo que isso é coisa do William Bonner e da turma dele. Eles não estão nem aí para a hora do Brasil e ficam inventando coisa. O nosso caso é bem outro. 

Por falar nisso, você vestiu a fantasia e brincou o carnaval? Se a resposta for sim, trate de encarar a realidade. A folga acabou e o calor está de matar camelo. Ar refrigerado só para o William e a turma dele enquanto te põe a par das mazelas do Brasil. Afinal de contas, energia elétrica anda pela hora da morte. Morte? Não esquece. Isso é coisa do William e da turma dele.


Boa segunda-feira.

fevereiro 14, 2016

Esforço e sorte.

Resultado de imagem para imagem de sorte

Sempre gostei muito de assistir e ler entrevistas. Gosto de saber como as pessoas vivem, o que elas pensam e sobretudo como elas chegaram a destacar em suas profissões e  atingiram o tão ambicionado sucesso.

Ao tomar conhecimento dos caminhos que uma pessoa trilhou para atingir os seus objetivos, podemos tirar muitas lições que servem para nossas vidas. Nada melhor que o exemplo de alguém para nos animar a acreditar que também podemos alcançar o mesmo sucesso.

Depois de muito tempo tendo contato com essas entrevistas, cheguei a uma conclusão: é necessário muito esforço, trabalho e dedicação para atingir qualquer objetivo nessa vida. Sem isso, é quase impossível andar mais que alguns passos. O trabalho árduo, o estudo  contínuo, a persistência são as alavancas que impulsionam o sucesso.

Mas  não é preciso assistir ou ler entrevistas para saber disso. Qualquer pessoa sabe disso antes mesmo de começar a andar ou falar, você diria. É verdade. Essas são duas coisas que parecem naturais demandam esforço e persistência. O tal cair e levantar, equilibra-se e dar o primeiro passo. Quase sempre, um pouco vacilante. Porém, aos poucos pega-se o jeito e aí ninguém mais te seguro. 

Tá bom. E daí? Você explode, impaciente. Calma. Eu chego lá. Todo esse preâmbulo é para falar da conclusão de que falei acima. Apesar de todo o esforço, nada vai acontecer se você não tiver uma coisa chama "sorte". Essa é  a maior lição que eu tirei ao analisar tudo o que li e ouvi nessas entrevistas. Todos os entrevistados, sem exceção, contaram com ela. A sorte foi o toque final, o detalhe sem o qual todo o esforço seria perdido.

Portanto, esforce, lute, trabalhe arduamente.  Mas peça para que a sorte esteja sempre do seu lado. No final de tudo, é ela que conta.


Boa sorte!


fevereiro 07, 2016

Opinião sincera.

Olha, eu vou te perguntar uma coisa, mas quero que você seja sincero, ouviu? Muitas conversas começam exatamente assim. Alguém quer a sua opinião sobre algum assunto ou sobre ele mesmo e intima você a usar de total sinceridade. Aí, você fornece a tal "opinião sincera" e a reação da pessoa não é nada boa.

Infelizmente, você caiu num conto. Dificilmente, uma pessoa está falando sério quando pede que você dê "uma opinião sincera". Atrás desse pedido está: "por favor, minta para mim, eu não suporto ouvir a verdade".

Sei que pode parecer exagero meu, mas tente observar isso daqui por diante. Com certeza, você vai chegar à mesma conclusão que eu cheguei depois de, ingenuamente, sair por aí dando opiniões sinceras, atendendo a pedidos.

Portanto, se a pessoa vir com um pedido desse, saia fora. Ou diga que o vestido fica muito bem quando na verdade você acha o contrário, que o sapato é muito adequado quando não o é,  que a pessoa emagreceu todos os quilos que pretendia quando o olhar nem a balança não atestam isso.

Pode parecer que eu estou induzindo você a sair dizendo mentiras por aí.  Não é nada disso. Apenas estou tentando, usando de minha própria experiência, te livrar de aborrecimentos e de perder uma amizade que, apesar dos pesares, não é de se jogar fora. Nesse nosso mundo de aparências, a sinceridade pode ferir mais que  uma navalha afiada. 

E ainda tem aquele ditado que diz: "quem faz a pergunta já sabe a resposta". Se a pessoa perguntou a sua opinião é porque não está segura. Qualquer coisa que você falar só vai aumentar a indecisão e a insegurança. Melhor mesmo é sair pela tangente dizendo que não entende do assunto. E se entender... Bem, se entender, aí é outra coisa. 

Nesse caso, você estará falando profissionalmente. Provavelmente, a pessoa não vai ser louca de contestar seu diploma de graduação, sua pôs, mestrado, doutorado...


Bom domingo.



fevereiro 05, 2016

Ode à alegria.

Resultado de imagem para imagem de carnavalO carnaval é o momento em que se celebra a alegria na sua expressão mais literal. Durante quatro dias as pessoas esquecem todos  os seus males, os seus problemas e vão para as ruas festejar. Não importa a falta de dinheiro, o desemprego, o coração partido, a saúde que não anda muito boa e, em muitos casos, até a fé professada ao longo do ano. Tudo isso é deixado de lado. A vida se transforma em pura celebração.

Nada melhor, não é mesmo? Afinal de contas, a vida é tão dura, nos é cobrado tanto que é bastante oportuno esse período de relaxamento para que se possa extravasar um pouco aquela alegria que fica quase sempre reprimida diante de tantas responsabilidades que  nos é imposta.  

Portanto, é hora de vestir a fantasia seja ela qual for e sair sambando na avenida, rua, praça, salão ou onde quer que você esteja. E vale tudo: criticar o governo e os políticos, vestir-se de homem ou de mulher, colegial, policial, bombeiro, médico, pintar a cara ou ir de cara lavada mesmo. O importante é não perder o bonde da alegria que, como os quatro dias, passa muito rápido.

Só não se pode esquecer de que como tudo a alegria também embriaga e faz-nos perder o controle de nossas ações. É aí que mora o perigo. Depois, tem a quarta-feira que chega para nos lembrar que nada é eterno, muito menos a folia. Acaso deixou-se embriagar pela alegria e passou dos limites, tem que encarar. Agora, sem a fantasia.

Por isso é preciso, mais que nunca, juízo. Pule, brinque, aproveite o máximo que puder, mas com bom senso e responsabilidade. Não somente com você, mas com todos aqueles que estão à sua volta.


Feliz carnaval.