Do contrário, elas taxam os que pensam e agem de forma diferente da delas como, no mínimo, fora de moda, julgando que as outras pessoas têm que falar como elas falam (se possível usando as mesmas palavras e frases), andar como elas, se vestirem como elas se vestem, gostar das cores que elas gostam, fazer as combinações de cores e objetos que elas fazem.
Trocando em miúdos, essas pessoas se julgam melhores e mais entendidas em todos os assuntos que todo mundo. Criam regras próprias de vida e comportamento e acham que todos devem seguí-las sem pestanejar. Caso não o façam, vão para o inferno dos mal arrumados, vestidos, dos que falam tudo errado, dos que se comportam inadequadamente, enfim, dos párias sociais.
Para esses ditadores de moda e regras só existe um caminho a seguir: o deles. O resto vive à margem, ou seja, são os marginais que se desviaram do único caminho possível, que só eles conhecem e podem indicar.
Sei que vocês estão pensando: "mas de que diabos esse cara está falando?" Calma. Eu explico. Estou falando de todos esses ( não são poucos) que vivem por aí ditando regras seja no falar, no vestir, no pensar, no comportamento. Eles estão em todos os lugares: no rádio, na televisão, nos jornais, nas escolas, nas igrejas, nas ruas, nos livros, nas revistas. É um verdadeiro exército disposto a enquadrar todo mundo que anda fora de suas regras.
É claro que eu não sou louco de pensar que não deveria existir regras para a língua, para o vestir, para a vida social e tudo o mais. Só que dentro dessas regras deve haver espaço para respeitar as individualidades. Vistos de fora, muitas vezes, parecemos iguais. Mas de perto guardamos grandes diferenças que precisam ser respeitadas e não postas na conta da pura rebeldia e desrespeito ao pré-estabelecido.
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