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julho 20, 2025

Opinião alheia.

 Por mais que sejamos pessoas bem resolvidas em relação à nossa aparência, sexualidade, estado civil, condição financeira, racial, ou qualquer coisa que envolva a nossa pessoa, é comum que  nos preocupemos com a opinião que as pessoas à nossa volta têm a nosso respeito. Não há de errado nisso, não é mesmo? Afinal de contas, é sempre bom saber como somos vistos por aqueles que nos rodeiam.

No entanto, para algumas pessoas, a opinião alheia conta mais do que a opinião que elas têm de si mesmas. Nessa caso, não tenho dúvida em afirmar que cometem um erro muito grande, principalmente quando as pessoas à sua volta não são exatamente o tipo em que se pode confiar.

Além disso, nunca devemos esquecer que ninguém nos conhece melhor do nós mesmos. Se agimos dessa ou daquela maneira, inegavelmente, temos uma razão para isso que somente nós conhecemos. Sabe aquele ditado popular que diz que "coração da gente é terra em que ninguém pisa", pois é justamente por aí. Ninguém nos conhecemos melhor nem nos entende melhor que nós mesmos.

A opinião alheia é importante, verdade seja dita, uma vez que vivemos em sociedade e precisamos nos adequar às leis e aos costumes, mesmo aqueles dos quais discordamos, mas é preciso que se coloque um limite, inclusive, para a nossa própria sanidade física e mental. Não podemos permitir que uma opinião, por mais bem intencionada que seja, influencie nossas decisões nos levando a fazer, ou deixar de fazer, qualquer coisa que temos como certa e importante para nossas vidas. Tudo o que fazemos, ou deixamos de fazer, certo ou errado, deve ser fruto de nossa decisão e opinião pessoal.

Bom domingo e uma excelente semana.

Esperança, fé, amor , caridade e GRATIDÃO.

julho 18, 2025

Se você acredita ou não em Deus.

 

 


 

Olha, desculpa, não me leve a mal, mas acho que é melhor a gente parar por aqui. Já vi que essa nossa conversa não vai dar em lugar nenhum. A gente roda roda e volta para o mesmo lugar. Você tem seu ponto de vista, sua história de vida, que eu respeito muito, que isso fique bem claro, tem sua formação, enfim... E eu... Deixa isso pra lá. (tempo) Mais a mais, quer saber? Na real? Bota uma coisa nesta sua cabeça, de uma vez por todas, mano: se você acredita ou não em Deus, talvez isso não faça a menor diferença. Porque o que importa mesmo, de verdade, ali, na hora do pega pra capar, é se Deus acredita em você e não o contrário. Pensa nisso.

 


 

julho 13, 2025

Virtual ou presencial?

O advento da internet, muito provavelmente, foi a maior revolução que vivemos nos últimos vinte ou trinta anos, tal a forma como mudou a vida no mundo, principalmente no que tange aos costumes e a interação entre as pessoas. Se antes os relacionamentos entre os indivíduos aconteciam prioritariamente 'ao vivo e a cores', como se costumava dizer, com a internet passou a se dar muito mais de forma virtual.

Muitos acreditam que isso veio para aproximar mais as pessoas, pois acabou com as barreiras do tempo e do espaço: pessoas de um lado do mundo podem se comunicar com outras, estabelecendo um relacionamento estreito (inclusive, afetivo) sem se conhecerem pessoalmente, ou seja, os chamados relacionamentos virtuais.

Não se pode negar que isso representou um grande avanço para a humanidade, por um lado por dar visibilidade às pessoas e povos que antes viviam segregados e distantes de tudo. Por outro lado, por garantir acesso rápido o acesso a informações que antes demoravam vários dias para se tornarem conhecidas.

No entanto, com o passar do tempo, percebe-se que o virtual parece estar tomando o lugar do presencial, como se não precisássemos estar presentes para estar presentes, pois imagem e voz gravados, ou transmitidos ao vivo, falam por nós. Será isso mesmo? Nossa 'presença' virtual substitui a presença física? E ainda: será que as amizades virtuais têm o mesmo valor das presenciais?

Bom domingo e excelente semana.

Esperança, fé, amor, caridade e GRATIDÃO.



julho 06, 2025

O socorro que não veio.

Por mais que a gente tente, não tem como deixar de se envolver com as notícias que o tempo todo chegam até nós, principalmente depois do advento da internet. O acidente sofrido pela brasileira Juliana Marins, na Indonésia, não deixou de seguir a regra. A todo momento somos informados de detalhes (alguns que se provaram falsos, inclusive) sobre o que provocou a queda e, infelizmente, sua morte.

Embora a informação inicial tenha sido de que a jovem teria morrido imediatamente após a queda, acredita-se que ela tenha sobrevivido, muito provavelmente, por dias. Essa hipótese, me faz pensar, caso ela estivesse lúcida, da agonia que sofrera esperando por uma ajuda, um socorro, ainda que fosse uma simples tentativa, mas que não houve.

É doloroso mesmo pensar em alguém, independente da circunstância ou motivo, que espera por uma ajuda, uma mão estendida que não chega a tempo. O socorro não chegou para Juliana. Quando o resgate foi feito ela já estava morta. Quantas pessoas não se sentem assim nesse momento esperando por uma ajuda que, certamente, não virá?

Resta torcer para que, quando em apuros, sejamos resgatados a tempo, que a ajuda, ou socorro, chegue antes que percamos as nossas forças, que sucumbamos nos sentindo sozinhos e abandonados à nossa própria sorte. Ao mesmo tempo, sigamos certos de que nada acontece por acaso e que tudo, embora não pareça, sempre concorre para o nosso bem.

Bom domingo e excelente semana.

Esperança, fé, amor, caridade e GRATIDÃO.


junho 29, 2025

'Uma vida nada fácil'.

A vida de Nestor era exatamente aquilo que se poderia classificar como uma 'vida nada fácil': nascido numa família numerosa, ele acostumou, por força da situação, a dividir tudo com os irmãos, inclusive os momentos de escassez, que não eram poucos.

O tempo passou, Nestor atingiu a idade adulta e, principalmente pela constante falta de recursos que imperava em sua humilde casa, não conseguiu avançar muito em sua formação escolar, mal concluiu o ensino fundamental II. Por esse motivo, naturalmente, não conquistou boa colocação no mercado de trabalho.

Hoje, passado mais algum tempo, casado, com filhos para sustentar, Nestor, ao contrário do que se podia imaginar, não deixou de ser aquele menino que sonhava galgar postos elevados na vida, ganhar um bom salário e, diferentemente de seu pai, dar uma vida confortável para a sua família, sem precisar submetê-la a sacrifícios e privações.

O menino sonhador também aprendeu, a duras penas, que existe uma grande distância entre o sonho e a realidade. Mesmo empreendendo os maiores esforços, muitas vezes, o resultado não apareceu. Entretanto, Nestor não se esmoreceu. Seguiu em frente, sempre acreditando que o melhor estava por vir.

É com esse pensamento que ele começa todos os seus dias: 'O melhor está por vir'. E passa esse otimismo para os filhos e esposa, acreditando que quando todos vivem para o mesmo propósito as coisas funcionam melhor. Dessa forma, cada pequeno sucesso é festejado por todos como um grande acontecimento. 

Aos quase cinquenta anos de idade, Nestor acaba de concluir uma faculdade. Graduou-se em direito. É mais um advogado na praça. O tempo de grandes apertos parecem estar ficando para trás, mas ele continua acreditando que o melhor está por vir.

Bom domingo e excelente semana.

Esperança, fé, amor, caridade e GRATIDÃO.

junho 22, 2025

O que queremos ver refletido no espelho?

Não posso afirmar com absoluta certeza, mas acredito que desde o início dos tempos o ser humano sempre foi vaidoso. A maior prova dessa vaidade é que normalmente paramos diante de um espelho para verificar como está nossa aparência. Isso acontece principalmente por estarmos o tempo todo preocupados em saber como estamos sendo vistos pelo outro, se estamos ou não sendo agradáveis ao olhar alheio.

A vaidade não é mal vista, muito pelo contrário, é bastante estimulada. Haja vista, o grande número de produtos de beleza que são oferecidos pelo mercado e a alta valorização do que é considerado belo em depreciação do que considerado feio, pelas regras da nossa sociedade. O que leva, em muitos casos, a uma busca quase obsessiva pela beleza (através de intervenções  cirúrgicas e outros tratamentos, muitas vezes invasivos e inócuos), na busca pelas formas perfeitas, ainda que sejam completamente artificiais.

Não raramente os cultuadores da beleza e perfeição a todo custo acabam frustrados e aqueles que encontram sucesso em suas empreitadas talvez se esqueçam que tão importante quanto cuidar da nossa beleza física (exterior) é cuidar de nossa beleza espiritual, ou seja, a nossa beleza interior. Quando olhamos no espelho, por mais que não nos demos conta disso, a nossa beleza interior também é refletida nele.

Sem a beleza interior, a exterior simplesmente se torna sem sentido. Não vivemos somente de nossa aparência física. Ainda que sejamos horrorosos fisicamente, verdadeiros monstros, se nosso interior transmite coisas boas, com certeza, é assim que somos vistos. A beleza exterior sozinha pode até atrair olhares, porém bastará que nos reparem mais atentamente para perceber que se trata apenas de mera aparência, sem profundidade, sem substância.

Portanto, temos que estar muito conscientes daquilo que queremos ver refletido, não somente quando nos miramos no espelho, mas quando somos vistos pelo olhar (o verdadeiro espelho) daqueles com os quais convivemos diariamente.

Bom domingo e excelente semana.

Esperança, fé, amor, caridade e GRATIDÃO.

junho 19, 2025

Como me tornei amigo dos livros.

Alguém quis saber o motivo de eu estar sempre com um livro na mão? Bem, eu poderia ter usado um monte de chavões para responder. Como, por sempre, dizer que através deles (os livros) viajo sem sair do lugar, que são excelentes companhias, que me ensinam muitas coisas e nos faz ficar mais informado e, por que não dizer, mais sabido. Tudo isso não deixaria de ser verdade, porque os livros fazem tudo isso mesmo. Poderia até dizer que são meio mágicos, meio bruxos, pois podem nos enfeitiçar. Mas, na verdade, o que leitura faz é muito mais que isso. 

Pra começo de conversa devo dizer que minha relação com os livros não era das melhores. Antes, quando eu pegava um livro para ler, geralmente para fazer algum trabalho de escola, ficava simplesmente apavorado. Entrava em pânico mesmo. Mal lia a primeira página, já ia direto para a última. Não tinha paciência de ler página por página, capítulo por capítulo, queria acabar logo, me livrar daquilo, que parecia queimar minhas mãos. Não acreditava que alguém aguentasse ler um  livro do início ao fim. 

Além da primeira e a última página,  eu folheava, lia trechos aqui e ali, sem muita ordem. Resultado: na hora da prova não sabia nada, mal lembrava o título da obra e o nome do autor. Mais tarde, passei a ler os resumos do enredo do livro, que algum colega descolava não sei onde. Isso facilitava um pouco. Foi a partir daí que aguçou minha vontade de ler um livro do início ao fim, pois algumas histórias pareciam serem mesmo interessantes. 

Entretanto, confesso que foi difícil tomar gosto, pois ainda lia só por obrigação. Quando os professores indicavam com algum livro que tivesse mais de cem páginas era um desespero. Ficava cansado só de pensar na trabalheira que daria ler tudo aquilo. Além do mais, era José de Alencar, Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Bernardo Guimarães, Joaquim Manuel de Macedo, poetas como Gonçalves Dias e Castro Alves, os famosos clássicos da literatura brasileira. Ou seja, nada atraentes para um adolescente. 

O tempo passou, o tempo sempre passa, e, com muito esforço e persistência, me tornei um leitor regular. Hoje, acabo um livro e já começo outro. Isso quando não leio dois ou três ao mesmo tempo. A maior lição que os livros me trouxeram? Somado a  todo o conhecimento, foi a paciência. 

Agora, quando pego um livro de quatrocentas, quinhentas, oitocentas ou mais páginas consigo ler do início ao fim, sem pressa, sem querer adiantar páginas ou capítulos. Consigo saborear cada palavra, cada frase, cada período, página ou capítulo sem ansiedade, sem pressa. Tomei gosto mesmo. 


Descubra você também o prazer da leitura. 


Bom feriado.