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junho 19, 2025

Como me tornei amigo dos livros.

Alguém quis saber o motivo de eu estar sempre com um livro na mão? Bem, eu poderia ter usado um monte de chavões para responder. Como, por sempre, dizer que através deles (os livros) viajo sem sair do lugar, que são excelentes companhias, que me ensinam muitas coisas e nos faz ficar mais informado e, por que não dizer, mais sabido. Tudo isso não deixaria de ser verdade, porque os livros fazem tudo isso mesmo. Poderia até dizer que são meio mágicos, meio bruxos, pois podem nos enfeitiçar. Mas, na verdade, o que leitura faz é muito mais que isso. 

Pra começo de conversa devo dizer que minha relação com os livros não era das melhores. Antes, quando eu pegava um livro para ler, geralmente para fazer algum trabalho de escola, ficava simplesmente apavorado. Entrava em pânico mesmo. Mal lia a primeira página, já ia direto para a última. Não tinha paciência de ler página por página, capítulo por capítulo, queria acabar logo, me livrar daquilo, que parecia queimar minhas mãos. Não acreditava que alguém aguentasse ler um  livro do início ao fim. 

Além da primeira e a última página,  eu folheava, lia trechos aqui e ali, sem muita ordem. Resultado: na hora da prova não sabia nada, mal lembrava o título da obra e o nome do autor. Mais tarde, passei a ler os resumos do enredo do livro, que algum colega descolava não sei onde. Isso facilitava um pouco. Foi a partir daí que aguçou minha vontade de ler um livro do início ao fim, pois algumas histórias pareciam serem mesmo interessantes. 

Entretanto, confesso que foi difícil tomar gosto, pois ainda lia só por obrigação. Quando os professores indicavam com algum livro que tivesse mais de cem páginas era um desespero. Ficava cansado só de pensar na trabalheira que daria ler tudo aquilo. Além do mais, era José de Alencar, Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Bernardo Guimarães, Joaquim Manuel de Macedo, poetas como Gonçalves Dias e Castro Alves, os famosos clássicos da literatura brasileira. Ou seja, nada atraentes para um adolescente. 

O tempo passou, o tempo sempre passa, e, com muito esforço e persistência, me tornei um leitor regular. Hoje, acabo um livro e já começo outro. Isso quando não leio dois ou três ao mesmo tempo. A maior lição que os livros me trouxeram? Somado a  todo o conhecimento, foi a paciência. 

Agora, quando pego um livro de quatrocentas, quinhentas, oitocentas ou mais páginas consigo ler do início ao fim, sem pressa, sem querer adiantar páginas ou capítulos. Consigo saborear cada palavra, cada frase, cada período, página ou capítulo sem ansiedade, sem pressa. Tomei gosto mesmo. 


Descubra você também o prazer da leitura. 


Bom feriado. 

junho 15, 2025

Nada substitui o contato entres as pessoas.

Desde criança, provavelmente por causa da excessiva timidez, nunca tive muita facilidade para fazer amigos, quase sempre vivi apartado dos grandes grupos. As redes sociais surgiram como uma espécie de tábua de salvação para pessoais que, como eu, se viam de certa forma excluídas das benesses de um convívio social mais estreito.

Durante algum tempo, se acreditou que através das redes sociais se podia mesmo, se não acabar de uma vez, pelo menos diminuir a solidão de pessoas 'sem muito talento' para se enturmarem de forma natural. Dessa forma, as redes se difundiram da noite para o dia, mesmo entre aqueles que, por sorte, não padeciam do grande mal dos tempo modernos, ou seja, a solidão.

Não demorou para, sobretudo os verdadeiros solitários, perceberem que o fato de estarem cercados de amigos virtuais (muitas vezes, aos milhares, ou milhões) sua solidão e isolamento permaneciam os mesmos, pois continuavam 'falando sozinhos', sem quem as ouvissem, sem contato físico, sem uma troca de experiências verdadeiramente efetiva.

Ou seja, a solidão continuava a lhes sufocar, talvez de forma até mais forte que antes de se engajarem nas redes. E o que é pior, ficou mais solitário do que era, uma vez que  acreditou que não precisava mais interagir com as pessoas de 'carne e osso', que as amizades virtuais bastavam. 

A realidade bateu à porta com a seguinte mensagem: "Nada substitui a interação entre as pessoas, ao vivo e em cores, como se dizia há algum tempo, pois a presença, o contato físico, o calor humano, a troca de olhares, de impressões, carinhos ou até mesmo os estranhamentos que possam, por ventura, ocorrer são vitais para aplacar a nossa solidão nos tornar mais vivos, participantes, integrantes. 

Nada se ganha se afastando daqueles que nos rodeiam, ainda que eles nos incomodem com suas peculiaridades, com a maneira diferente com que encaram a vida. Nascemos para viver em sociedade, não podemos esquecer disso, principalmente pelo fato de o mundo estar a cada momento mais virtual e exclusivo.

Bom domingo e excelente semana.

Esperança, fé, amor, caridade e GRATIDÃO.

junho 08, 2025

Não ouço, não vejo, não falo.

 

A figura de três macaquinhos de ouvidos, olhos e boca tapados com as mãos é (ou pelo menos era há algum tempo) bastante conhecida e usada quando alguém queria expressar sua posição de neutralidade diante de algum assunto que suscitasse tomada de posição, quase sempre de maneira jocosa e divertida.

Entretanto, por trás, havia uma deliberada intenção de tapar os ouvidos, os olhos e a boca para não se envolver em polêmica ou ser obrigado a tomar partido, sem o risco de ficar mal com uma das partes envolvidas, pois a aparentemente confortável posição evitava problemas e garantia uma aparente boa convivência com todo mundo.

O tempo passou e pode até ser que a icônica figura dos três macaquinhos não seja mais usada, mas não podemos negar que mais do que nunca as pessoas estão de ouvidos, olhos e bocas fechados para todo tipo de atrocidades que acontecem bem na nossa cara, como se ninguém tivesse nada a ver com nada. Guerras dizimam populações, geralmente minorias indefesas, fome, descuido com a natureza, descaso com a educação,  a infância, a velhice, enfim, com a saúde da população menos favorecida e a vida segue.

Até quando vamos optar por cerrar nossos ouvidos, olhos e bocas fingindo que nada está acontecendo ou, se estiver acontecendo, não nos diz respeito? Será que agimos assim porque nossas vidas vão muito bem, GRAÇAS A DEUS?

Bom domingo e excelente semana.

Esperança, fé, amor, caridade e GRATIDÃO.


junho 01, 2025

Respeito à religião do outro.

Quando ouvimos falar em fundamentalismo religioso (e muito se tem falado disso nos últimos tempos, infelizmente) imediatamente vem à nossa mente a imagem de um adepto do islamismo e suas discutíveis ações, em nome de Deus, não é mesmo? Entretanto, cada vez mais temos visto esse comportamento radical em relação às crenças de outros povos e culturas se tornarem comuns no Brasil.

Religiões de matriz africana têm sido sistematicamente vítimas de ataques de grupos que se sentem donos da verdade, mas até mesmo a sólida igreja católica, com seus dois mil anos de existência, não está sendo poupada dessa selvageria que, lamentavelmente, invadiu nosso país de norte a sul, indiscriminadamente.

Tudo em nome de um conservadorismo tacanho, que vê como certo e justo apenas aquilo em que acredita e professa e trata as crenças do outro como pecaminosas e contrárias à ordem vigente. Aquele que pensa diferente ou professa um credo diverso do meu deve ser banido ou proibido de expressar sua fé.

Os ataques geralmente são feitos de forma verbal, pessoalmente, e através das redes sociais, onde ganha proporções bem mais assustadoras, inclusive com ameaças, que temos visto serem cumpridas através de ações verdadeiramente terroristas, que deixam vítimas e impedem que as pessoas possam expressar livremente a sua fé.

Essa situação não é nova, a perseguição religiosa existe desde o início dos tempos, mas tem se intensificado e virou caso de polícia. Quando é que vamos entender que ninguém obrigado a acreditar no mesmo que acreditamos? Quanto vamos entender que todos têm direito de escolher livremente a fé que quer professar? 

Vivemos num mundo cada vez mais plural e temos que aprender a conviver com o diferente. Inclusive, temos que descobrir a beleza de conviver com as diferenças e o quanto enriquecedor isso pode ser. Pessoas que pensam diferente de nós geralmente têm muito a nos ensinar e, certamente, aprender de nós, numa troca benéfica para todos.

Bom domingo e excelente semana.

Esperança, fé, amor, caridade e GRATIDÃO. 



maio 29, 2025

Quem confia mais em você?

 É comum as pessoas ficarem preocupadas se despertam ou não a confiança daqueles com os quais convivem no seu dia a dia. Não é para menos, pois viver num ambiente em que as pessoas desconfiam de nós não é nem um pouco agradável. E não se trata apenas que confiem em nosso caráter, é preciso que confiem em nosso talento, em nossa sinceridade de intenções, em nossa amizade e, quando for o caso, em nosso amor.

Ninguém duvida que conquistar a total confiança e o respeito daqueles com os quais convivemos sejam o ideal para que se possa levar uma vida tranquila e prazerosa, sem as atribulações causadas pelos abalos que ocorrem quando não se há total confiança entre os convivas, não é mesmo?

No entanto, sabemos que conquistar a confiança, respeito e consideração daqueles que nos rodeiam não é tudo. Principalmente quando, na contramão de tudo isso, não conseguimos conquistar a nossa própria confiança, quando nós mesmos não acreditamos em nós, nas nossas intenções, em nossos talentos e capacidades.

Não há pior na vida que a falta de confiança em si mesmo. Há quem diga que todos podem desconfiar de nós, todos podem até mesmo nos maldizer e abandonar, desde que mantenhamos confiantes em nós, que nos mantenhamos firmes em nossos propósitos e, como se diz popularmente, confiantes em nosso taco.

Nada pode abalar uma pessoa quando ela, conscientemente, confia em suas intenções e não tem dúvida de que está no caminho certo, de que seus atos e ações não ferem ninguém nem nada à sua volta. Portanto, seja o primeiro(a) a confiar em você, que o resto vem por acréscimo.

Esperança, fé, amor, caridade e GRATIDÃO.

maio 25, 2025

Caridade é troca.

Quando se ouve a palavra CARIDADE logo se pensa em alguém caído, geralmente numa calçada, com a mão estendida suplicando ajuda. É bem possível que quem pensa assim não esteja completamente errado. Afinal de contas, vivemos numa sociedade complemente injusta, onde a distribuição de bens é feita de maneira desigual e, por que não dizer, desumana. 

O resultado dessa desigualdade é que a cada dia aumenta o número de desvalidos nos rincões e guetos e mesmo nas ruas movimentadas das cidades, sobretudo as maiores. Por isso aprendemos desde cedo que os que possuem mais devem fazer a CARIDADE de ajudar aqueles que possuem menos, ou que nada têm, através de pequenas esmolas, normalmente ofertas para se livrar dos insistentes pedidos daqueles que se interpõem no caminho com suas mãos estendidas e também para aliviar a consciência.

O mundo seria melhor se houvesse mais justiça social, melhor distribuição de renda e oportunidades iguais para todos. Acredito que ninguém discorda disso, não é mesmo? Porém, enquanto isso não acontece será necessário que aqueles que possuem mais olhem para aqueles que possuem menos (ou nada) com maior benevolência e mesmo compaixão, sem o viés da esmola, aquela que acontece sem que se dê ao trabalho de sequer olhar na cara daquele que recebe.

A nossa posição na sociedade, como sabemos, é transitória, assim como a vida. Podemos estar no topo da pirâmide em algum momento e de repente despencarmos, sem ao menos uma rede de proteção. Portanto, devemos entender o ato de doar um pouco do que se tem para aqueles que têm menos apenas um ato de troca, uma compensação. Aquele que dá e aquele que recebe podem, a qualquer momento, trocar de lugar. Pense nisso.

Bom domingo e excelente semana.

Esperança, fé, amor, caridade e GRATIDÃO.

maio 18, 2025

Tudo na vida tem propósito.

É comum a gente reclamar da vida, Por um motivo ou outro, estamos sempre insatisfeitos com as coisas que nos acontecem, pois geralmente acreditamos que merecemos muito mais (ou muito menos) daquilo que estamos vivenciando. Nossa insatisfação, tanto para o bem quanto para o mal, parece nunca ter limites.

No fundo, queremos (ou mesmo exigimos) ter nossos desejos e vontades atendidos a tempo e hora, sem demora ou, como gostamos de dizer, sem enrolação, despeito do que seja. Como crianças mimadas, batemos o pé, brigamos, gritamos e choramos até sermos prontamente atendidos, como se o mundo girasse em torno de nós.

Atitudes que facilmente podemos classificar como inadequadas até mesmo para uma criança de verdade, quanto mais para uma pessoa adulta. No entanto, não estamos aqui para julgar ninguém. Cada um age como quer, afinal, somos livres para escolher o caminho que devemos seguir.

Por outro lado, não custa lembrar que a vida não é algo sem propósito. Como costumam dizer por aí, não viemos ao mundo a passeio. Nossa vinda aqui não é aleatória, sem uma razão objetiva. Se assim fosse não estaríamos nesse mundo, muitos passando dificuldades e tormentos que nem mesmo podemos, apesar de nossas muitas (e, às vezes, justas) reclamações, sequer imaginar.

Precisamos, na medida do nosso possível, entender que tudo que nos acontece tem uma finalidade maior, não nascemos e vivemos por acaso, mas para, como diamantes brutos que somos, sermos lapidados e tornarmos, finalmente, uma joia preciosa, que brilhará no firmamento, como as estrelas.

Bom domingo e excelente semana.

Esperança, fé, amor, caridade e GRATIDÃO.