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fevereiro 14, 2016
fevereiro 07, 2016
Opinião sincera.
Olha, eu vou te perguntar uma coisa, mas quero que você seja sincero, ouviu? Muitas conversas começam exatamente assim. Alguém quer a sua opinião sobre algum assunto ou sobre ele mesmo e intima você a usar de total sinceridade. Aí, você fornece a tal "opinião sincera" e a reação da pessoa não é nada boa.
Infelizmente, você caiu num conto. Dificilmente, uma pessoa está falando sério quando pede que você dê "uma opinião sincera". Atrás desse pedido está: "por favor, minta para mim, eu não suporto ouvir a verdade".
Sei que pode parecer exagero meu, mas tente observar isso daqui por diante. Com certeza, você vai chegar à mesma conclusão que eu cheguei depois de, ingenuamente, sair por aí dando opiniões sinceras, atendendo a pedidos.
Portanto, se a pessoa vir com um pedido desse, saia fora. Ou diga que o vestido fica muito bem quando na verdade você acha o contrário, que o sapato é muito adequado quando não o é, que a pessoa emagreceu todos os quilos que pretendia quando o olhar nem a balança não atestam isso.
Pode parecer que eu estou induzindo você a sair dizendo mentiras por aí. Não é nada disso. Apenas estou tentando, usando de minha própria experiência, te livrar de aborrecimentos e de perder uma amizade que, apesar dos pesares, não é de se jogar fora. Nesse nosso mundo de aparências, a sinceridade pode ferir mais que uma navalha afiada.
E ainda tem aquele ditado que diz: "quem faz a pergunta já sabe a resposta". Se a pessoa perguntou a sua opinião é porque não está segura. Qualquer coisa que você falar só vai aumentar a indecisão e a insegurança. Melhor mesmo é sair pela tangente dizendo que não entende do assunto. E se entender... Bem, se entender, aí é outra coisa.
Nesse caso, você estará falando profissionalmente. Provavelmente, a pessoa não vai ser louca de contestar seu diploma de graduação, sua pôs, mestrado, doutorado...
Bom domingo.
fevereiro 05, 2016
Ode à alegria.
 O carnaval é o momento em que se celebra a alegria na sua expressão mais literal. Durante quatro dias as pessoas esquecem todos  os seus males, os seus problemas e vão para as ruas festejar. Não importa a falta de dinheiro, o desemprego, o coração partido, a saúde que não anda muito boa e, em muitos casos, até a fé professada ao longo do ano. Tudo isso é deixado de lado. A vida se transforma em pura celebração.
O carnaval é o momento em que se celebra a alegria na sua expressão mais literal. Durante quatro dias as pessoas esquecem todos  os seus males, os seus problemas e vão para as ruas festejar. Não importa a falta de dinheiro, o desemprego, o coração partido, a saúde que não anda muito boa e, em muitos casos, até a fé professada ao longo do ano. Tudo isso é deixado de lado. A vida se transforma em pura celebração.
Nada melhor, não é mesmo? Afinal de contas, a vida é tão dura, nos é cobrado tanto que é bastante oportuno esse período de relaxamento para que se possa extravasar um pouco aquela alegria que fica quase sempre reprimida diante de tantas responsabilidades que nos é imposta.
Portanto, é hora de vestir a fantasia seja ela qual for e sair sambando na avenida, rua, praça, salão ou onde quer que você esteja. E vale tudo: criticar o governo e os políticos, vestir-se de homem ou de mulher, colegial, policial, bombeiro, médico, pintar a cara ou ir de cara lavada mesmo. O importante é não perder o bonde da alegria que, como os quatro dias, passa muito rápido.
Só não se pode esquecer de que como tudo a alegria também embriaga e faz-nos perder o controle de nossas ações. É aí que mora o perigo. Depois, tem a quarta-feira que chega para nos lembrar que nada é eterno, muito menos a folia. Acaso deixou-se embriagar pela alegria e passou dos limites, tem que encarar. Agora, sem a fantasia.
Por isso é preciso, mais que nunca, juízo. Pule, brinque, aproveite o máximo que puder, mas com bom senso e responsabilidade. Não somente com você, mas com todos aqueles que estão à sua volta.
Feliz carnaval.
janeiro 31, 2016
Humildade em tempos de ostentação.
Quase todas as religiões, acredito, pregam a humildade como forma de proximidade com o divino. Devemos ser humildade em tudo o que fazemos, na forma que vivemos, nos relacionamos com os outros e, principalmente, quando nos dirigimos ao ser superior. Acho que vem daí o fato de, dentro dos templos, nos inclinarmos e ajoelharmos para fazer as nossas orações Forma exterior, é verdade, mas que prova o quanto nos consideramos menores diante da grandeza de Deus.
Essa prática religiosa ou estilo de vida está em franca decadência em nossos dias. Foi-se o tempo em que as pessoas admiravam alguém por sua humildade, simplicidade e até por sua capacidade de se colocar no lugar do outro sobretudo nos momentos de infortúnio e dor.
Nesses nossos tempos, uma pessoa que age dessa maneira é considerada fraca e fora de moda. Vivemos em tempo de ostentação. Você vale pelo que aparenta ser ou ter. Não importa que você crie um personagem completamente falso para apresentar para as pessoas e que na, digamos, vida real seja uma pessoa completamente diferente.
Mais que ser e ter, vivemos tempos do parecer. Não importa que você não seja rico, tenha uma bela casa, dinheiro no banco. O que conta é que você está sempre nos lugares da moda, vestindo as melhores roupas, usando os melhores perfumes, saindo de dentro dos melhores carros ao lado daqueles que igualmente aparentem tudo isso.
Ah!, não se esquece de registrar tudo isso em seffies, fotos e vídeos para postar em todas as redes sociais que existem. Afinal de contas, todo esse circo não teria nenhuma serventia se as pessoas (seus seguidores e não seguidores também) não tomarem conhecimento.
Tem igreja que se diz cristã pregando isso com o rótulo de igreja da prosperidade. Vá lá que não exista nada de mais em querer prosperar. Estamos no mundo para melhorar tanto espiritual quanto economicamente. Porém, acho que o nome disso é ostentação, falta de humildade, exibicionismo.
Infelizmente, chegamos a esse ponto. Tempos em que os humildades já não têm o reino do céu. Pelo menos, esse "céu" aqui da terra.
Bom domingo.
janeiro 17, 2016
Otimismo insistente.
 Outro dia, assistindo a uma entrevista de um atleta que levou alguns anos até conseguir subir ao lugar mais alto do pódio, ouvi uma expressão que me fez pensar.  Durante a entrevista, o entrevistador fez muita questão de lembrar ao entrevistado o tempo que ele tinha demorado para finalmente conseguir atingir o seu objetivo. A certa altura da entrevista, ele tascou a pergunta:
Outro dia, assistindo a uma entrevista de um atleta que levou alguns anos até conseguir subir ao lugar mais alto do pódio, ouvi uma expressão que me fez pensar.  Durante a entrevista, o entrevistador fez muita questão de lembrar ao entrevistado o tempo que ele tinha demorado para finalmente conseguir atingir o seu objetivo. A certa altura da entrevista, ele tascou a pergunta:
- Enquanto você esteve tentando e não conseguiu, alguma vez você pensou em desistir?
O atleta, que não vem ao caso mencionar o nome, respondeu que não. Ele nunca pensou em desistir. A cada derrota, ele buscava forças para continuar tentando. O repórter quis saber de que forma e ele respondeu:
- Apesar das derrotas, sempre tem um otimismo insistente dentro da gente que nos impulsiona a continuar tentando.
Acho que esse "otimismo insistente" não acontece somente com esse atleta que acabou "chegando lá", no fundo todos nós somos acometidos desse otimismo. É a nossa insistência em continuar tentando que um dia acaba nos levando ao lugar mais alto do pódio, mesmo que não seja para levantar o troféu de campeão esportivo.
Na vida, mesmo que não tenhamos consciência disso, estamos sempre renovando as nossas esperanças, estamos sempre buscando uma razão para continuar na luta, para continuar na corrida, no páreo. E todos sabemos que sempre vale à pena insistir ainda que os ventos estejam soprando contra, ainda que as chances de sucesso sejam mínimas. O importante é manter a caminhada, o passo curto ou largo, firme ou vacilante.
Se não fosse esse "otimismo insistente" muitos de nós nem levantaríamos da cama todos os dias. Precisamos dele. É ele que nos leva ao pódio, seja qual for a nossa modalidade nas olimpíadas da nossa vida.
Bom domingo.
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