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abril 25, 2021
Tente usar a roupa que estou usando.
abril 18, 2021
À luz do entendimento
A reprise da novela "A viagem", no canal Viva, traz o assunto espiritismo para a ordem do dia. Dessa vez não pretendo falar da bem estruturada trama de Ivani Ribeiro, mas da forma como, mesmo depois de passados tantos anos da estreia da primeira versão, em 1975, despeito de todo o sucesso das duas versões (a que está sendo exibida no momento é a da Rede Globo, realizada em 1994) encaramos o fenômeno.
Não é de hoje que o mundo encara a prática do espiritismo como algo de origem demoníaca. Não foram poucas as pessoas que acabaram condenadas à morte por serem portadoras de algum tipo de mediunidade ou mesmo por simplesmente se interessarem pelo assunto. Parece que temos mesmo dificuldade para aceitar que antes de encarnar nesse mundo estávamos na condição de espirito e que ao morrermos voltaremos à forma inicial.
Falar em espírito num momento em que estamos mais materialistas do que nunca realmente não é tarefa fácil. Ainda levaremos muitos anos (talvez milhares) para termos esse entendimento e pautarmos nossas vidas pela visão de que entramos e saímos de corpos em sucessivas encarnações e que em cada uma delas ascendemos um degrau na escada da evolução e do conhecimento.
Como os antigos que queimavam os praticantes do espiritismo sob a acusação heresia, ainda preferimos fechar os olhos para as evidências cada vez mais fortes de que a possibilidade (como prega a maioria das religiões) de termos uma única encarnação depois da qual, dependendo de nossos erros e acertos, vamos para o céu ou para o inferno é muito pouco provável.
Cada um é livre para acreditar no que bem entende e pode escolher qual caminho trilhar. No entanto, ninguém pode fechar os olhos para tudo o que temos vivido nos últimos tempos. Talvez se tivéssemos um pouco mais de entendimento dos mistérios que existem entre o céu e a terra não estaríamos passando por esse momento de tanta negação e obscurantismo.
É preciso abrir os olhos e os ouvidos para os sentidos, pois só no momento em que nos voltarmos para dentro de nós mesmos é que vamos poder vislumbrar a luz que vai nos guiar para fora dessa caverna que insistimos em habitar.
Luz para todos.
Bom domingo.
abril 11, 2021
O que esperar do futuro?
As dúvidas quanto ao dia de amanhã sempre estiveram presentes nas vidas mesmo daqueles que se dizem não preocupar com o futuro; nascemos e vivemos sob o signo da incerteza. Desde a antiguidade que o homem busca respostas consultando os astros, os oráculos e fazendo uso de muitos meios, alguns até bastante assustadores.
Seja como for, a busca de sinais que nos informem sobre o que vamos encarar mais à frentes não para um só minuto. Os jovens e crianças, no geral, são os que mais convivem com esse tipo de preocupação. Afinal, eles trazem consigo a possibilidade da continuidade e mesmo de mudanças tão necessárias para a perpetuação da vida em nosso planeta.
A COVID-19, no entanto, fez com que todos, sem distinção de idade, raça, classe social, ou o que quer que seja que nos diferencie enquanto seres humanos, passássemos a nos perguntar: O que nos reserva o futuro? Quando é que voltaremos a viver com um mínimo que seja de tranquilidade, sem os fantasmas da doença, sofrimento e morte a nos espreitar?
É bem provável que nunca mais; esse vírus veio para fazer uma verdadeira revolução em nossos hábitos e costumes. Não há como voltarmos para o que era antes da COVID-19. A única saída é nos conscientizarmos de que temos de criar um novo estilo de vida em que nos preocupemos mais com nossa higiene pessoal, nossas relações interpessoais e, sobretudo, nossa relação com o planeta.
Tudo o que estamos vivenciando com essa pandemia é fruto do descaso com que tratamos a natureza; ao poluirmos o ar, o solo, os rios, mares, ao derrubarmos nossas floresta em nome de um progresso, que sempre vem para poucos, estamos destruindo a nós e as pessoas que dizemos amar.
Bom domingo.
abril 04, 2021
Um momento delicado.
Desde que o homem (leia-se a humanidade) saiu da "caverna" que tem se deparado com situações cada vez mais desafiadoras. Não foram poucas as vezes em que nesses milhares de anos temos sido sacudidos por acontecimentos que nos deixam sem chão e nos levam a crer que estamos num beco sem saída.
Não há dúvida de que estamos vivendo um momento desses; a pandemia da COVID-19 está aí provocando, além de mortes (no Brasil, neste exato momento, estamos contabilizando mais de 330 mil), uma mudança em nossos costumes e modo de encarar a vida que, muita acertadamente, muitos veem como definitiva; dificilmente voltaremos a viver da mesma forma que antes.
Talvez seja isso que está realmente faltando no enfrentamento à pandemia, essa noção de que estamos atravessando um marco divisório; haverá o antes e o despois da pandemia, ou seja, o AP e o PP. A vida era uma (tínhamos a "inocência" de que podíamos ir e vir, ter contato com as pessoas e o ambiente sem preocupação nenhuma) e está se transformando em outra, onde os cuidados nos relacionamentos serão primordiais para nos manter vivos e saudáveis. Pode estar aí o prenúncio de um fim sempre tão temido.
Parece mórbido falar assim, mas não temos outra saída senão nos conscientizar de que o pior pode mesmo acontecer. Estamos vivendo um momento delicado de nossas existências, não podemos negar isso. No entanto, muitos têm preferido seguir aqueles que acreditam que se trata apenas de uma "gripezinha" sem grandes consequências. Chegamos a esse número absurdo de vítimas e sabemos que a coisa não para por aí.
Até quando vamos caminhar como gado indo para o matadouro? Chegou a hora de entender que só depende de nós atravessar esse "mar vermelho" e chegar do outro lado "a pé enxuto". Basta que cada um faça sua parte.
Feliz páscoa!
março 28, 2021
A última encarnação do presidente da Fundação Palmares.
Já dizia o esperto dramaturgo Shakespeare que existem mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia, Essa grande verdade foi dita há, aproximadamente, uns quinhentos anos, mas os mistérios continuam intactos até hoje; continuamos nos perguntando o que realmente existe entre esses dois polos.
No entanto, se você quer saber o que isso tem a ver com o título do nosso post a resposta é simples: o presidente da ferida Fundação que, em tese, existe para dignificar a raça negra e suas lutas parece querer, pelo contrário, desmerecê-las através de atitudes, no mínimo esdruxulas, fazendo com que se acredite que exista algum mistério que a "filosofia" não está conseguindo explicar.
Pelo meu lado, prefiro acreditar que a explicação vem através do espiritismo e a teoria da reencarnação; cheguei a conclusão que esse senhor em sua encarnação pretérita foi um branco escravocrata que jamais aceitou a abolição da escravatura. Reencarnado num corpo negro, ele mantém os pensamentos e atitudes da outra vida. Só assim para entender o que se passa na cabeça de um negro que nega a história e as lutas de sua raça.
A solução indicada nesses casos, que são mais comuns do que se pode supor "nossa vã filosofia", é uma regressão à vidas passadas, para que conscientize esse senhor de que ele está vivendo em outro tempo e num corpo negro. Triste saber que a falta de conhecimento, e mesmo competência intelectual e emocional, não impeça alguns indivíduos de ocupar tão importantes posições em nossa sociedade. Só nos resta torcer para que esses tempos difíceis passem e que logo a Fundação Palmares esteja em mãos realmente competentes.
Bom domingo.
Não esquecendo que hoje é domingo de Ramos para os católicos: Jesus, montado num jumentinho, entra em Jerusalém, que é o nosso coração.
março 21, 2021
A campanha da fraternidade de 2021.
É muito triste o que vem acontecendo com a Campanha da Fraternidade, promovida todos os anos durante a quaresma pela igreja católica, de 2021. Alguns grupos que se dizem cristãos católicos estão se sentindo ofendidos porque, passando longe dos temas de fácil aceitação, este ano a campanha é um claro chamamento a todos, independente de raça, opção sexual ou mesmo a religião que professa a se unirem em nome de Cristo, que faz unidade de toda a divisão.
Capitaneada por nosso valoroso Papa Francisco, a campanha tinha (e tem) tudo para ser um marco na história da igreja, pois representa um passo adiante no tempo. Pela primeira vez, a igreja está se abrindo ao diferente. Como diz a letra da música da campanha: "Venham todos vocês, venham todos. Reunidos num só coração, de mãos dadas formando a aliança, confirmados na mesma missão". O que há de errado em fazer um chamamento para que unamos o que estava divido?
O mundo anda muito polarizado politicamente e isso tem contaminado tudo em volta, caminhando na direção oposta do que e proposto pela Campanha da Fraternidade. As pessoas acreditam que Deus repudia aqueles que vivem e pensam diferente do que é pregado pela Bíblia ou pelos costumes da sociedade. Pelo contrário; Ele criou a todos com o mesmo amor e os mesmos direitos, não para uns viverem apartados dos outros. Precisamos acabar com a intolerância que tem marcado nossas atitudes nos últimos tempos. Onde está o nosso amor ao próximo e a nossa capacidade de aceitar o outro exatamente como ele é?
A quaresma é o momento de refletirmos sobre esse amor que tanto professamos em palavras e tão pouco vivemos na prática do nosso dia a dia. Nunca devemos esquecer que todos temos livre-arbítrio. Se tomamos decisões acertadas ou erradas a responsabilidade é toda nossa; ninguém é responsável pelos erros ou os acertos dos outros. O que devemos fazer quando acharmos que alguém está agindo de maneira considerada errada é dar o nosso exemplo através das nossas ações, pois o único que pode nos julgar é Deus.
Bom domingo.
março 07, 2021
Meias verdades
Tem sido cada vez mais difícil a convivência entre as pessoas em nossos dias, Por um lado a COVID vem impondo que todos vivam afastados para evitar o contágio e, por outro, estamos mesmo ficando dia após dia mais complicados, mais intransigentes, mais intolerantes com o que é diferente; basta que alguém não comungue das mesmas ideias que nós para que partamos para o confronto.
Triste momento esse que estamos vivendo, não é mesmo? Parece que a humanidade de repente resolveu dar um passo atrás ignorando todas as barreiras que vencemos por milênios à custa de muita luta, muita guerra sangrenta, muito genocídio. Perdemos o amor e o respeito ao próximo em nome de ideologias rasteiras e seguimos ídolos com pés de barro que não resistirão o julgamento da história.
A saída encontrada por aqueles que querem viver em relativa paz, para fugir da polaridade e dos enfrentamentos vigentes em nosso ambiente de trabalho, familiar e social, é partir para as meias-verdades; De certa forma, desistimos de ser diretos e verdadeiros, pois acreditamos que o mais importante é "viver em paz", embora não saibamos mensurar que paz seja essa e se ela vale mesmo a pena.
Resta torcer para que esse tempo de treva passe e que logo tenhamos de volta nossa liberdade, principalmente nossa liberdade de expressão, pois não dá mais para vivermos amordaçados e com venda nos olhos como se estivéssemos na mais sombria das ditaduras, fingindo que somos um país democrático.
Boa semana.
 
